
Afã
As vezes penso que nasci pra isso
Mas vejo que isso é bem difícil
E refuto pensar assim
Logo penso que nasci para aquilo
Mas aquilo é tão cheio de nuances
que acredito não ser o caso
E quando creio ter nascido para tal coisa
Me lembro que existem outros tantos
que também creem ter nascido
E logo desisto de querer
No fim da história não nasci pra nada
Pois há tanta coisa
Para tanta gente
que não faz sentido ser pra mim.
Amar
A primeira vez que fui ao mar
Me senti acolhido;
Um remexer esquisito
Que embalou-me feito lar!
A segunda vez que mergulhei
Me senti rejeitado;
Fui jogado para o lado,
E novas ondas refutei... .
A terceira vez que me aventurei,
Me senti desafiado!
Caí de peito, qual nao trago
Mas com medo, hesitei.
A quarta vez que fui ao mar
Perdi todos meus sentidos!
Sonhei a maior das ondas...
E naufraguei em meus pedidos.
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